Em construção..,..o tipo D é uma referencia a um sonho no qual sonhei olhei vi um par de sapatos informe, sem forma comum, debaixo


terça-feira, 24 de abril de 2018

Após peregrinar por oito países, fotógrafo carioca lança livro sobre São Jorge, por Pedro Zuazo


Uma das fotografias do livro “Guerreiro”, de Fraga e Simas
Cesar Fraga se familiarizou cedo com a figura de São Jorge. Seu avô, morador do subúrbio carioca e descendente de portugueses, era devoto fervoroso e carregava uma flâmula do Guerreiro no carro. Só se queixou com o santo uma única vez, ao descobrir um câncer. Ainda assim, deixou como herança sua devoção ao cavaleiro da Capadócia. Foram memórias como essa que motivaram o fotógrafo, de 45 anos, a produzir um ensaio sobre o santo. Mas o que começou de forma despretensiosa, enquanto registrava eventos religiosos no Rio, transformou-se num trabalho investigativo que o levou a percorrer oito países.
O resultado pode ser conferido no fotolivro “Guerreiro”, que será lançado neste sábado, em uma feijoada, a partir das 13h, no espaço Plezi Gourmet, na antiga fábrica da Bhering, no Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio.

Durante quatro anos, Fraga fez cliques em Turquia, Israel, Cisjordânia, Inglaterra, Portugal, Nigéria e Gana, além de diversos destinos no Brasil. No encalço da figura, misto de mito e realidade, o fotógrafo registrou cerimônias de seis religiões diferentes — do candomblé ao islamismo — que têm em comum o culto a São Jorge. Em Israel, visitou o túmulo onde estariam guardados os restos mortais do santo. No Brasil, além de procissões e celebrações ao santo, acompanhou partidas do Corinthians, cujos torcedores têm o Guerreiro como intercessor. Até a Marquês de Sapucaí foi fotografada, já que a imagem do santo cruzou a Avenida em mais de um desfile de escolas de samba.
— O que mais me impressiona em São Jorge é como ele circula por grupos sociais distintos e transcende a religião. São Jorge se tornou um ícone pop. Certa vez, comentei sobre o projeto com um torcedor do Corinthians. Ele logo puxou um cordão e me mostrou a medalhinha de São Jorge. Perguntei se ele era cristão. Ele pensou um pouco e respondeu que não, era torcedor da Fiel mesmo. — conta o fotógrafo, de 45 anos.
De terreiros na África a mesquitas no Oriente Médio, as imagens proporcionam ao leitor um mergulho no sincretismo religioso. Alternadamente, o livro apresenta paisagens de tirar o fôlego e registros de locais históricos — como o túmulo onde estariam guardados os restos mortais do santo, em Israel — que formam o fio condutor da narrativa. São 200 imagens distribuídas por 240 páginas e adornadas por textos do historiador Luiz Antônios Simas.

Extra

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